Friday, August 20, 2010

Xutos de Prazer



A casa dos meus tios na Ericeira era um sítio habitual para uma semana de Férias. Este ano, foi durante as festas da vila, e naquele dia, estava tudo preparado para um concerto Xutos e Pontapés no areal, à noite, e desse modo, estava muito mais gente do que era habitual na praia, pessoas que vieram de longe, grupos de amigos, etc.




Mesmo ao meu lado na praia, estava um grupo de quatro rapazes e uma rapariga. Ela chamou-me mais à atenção, pelo facto de ter uma tatuagem na barriga, praticamente igual à que eu tinha no meu ombro. 


Também reparei que o namorado estava sempre mais entretido com ao amigo, do que lhe dava atenção. Senti que ela estava praticamente abandonada. Foi junto da casinha dos gelados que meti conversa:”que giro, tens uma tatuagem quase igual à minha”. Ela sorriu, aliás, foi o primeiro sorriso que vi no seu rosto.




Nessa noite, a praia estava cheia, a mítica banda portuguesa encheu o areal de milhares de pessoas, e lá estava ela, novamente. Ela agora estava mais entusiasmada, mas mais uma vez, o namorado saltava mais junto dos amigos, deixando-a para trás sozinha. 


Os meus olhos, em vez de direccionados para o palco, olhavam para ela, simplesmente para ela. Inexplicavelmente eu estava excitado. Eu tinha vontade de lhe tocar. Fui junto dela, e por de trás, no meio daquela confusão, com toda a gente a saltar ao ritmo da música, fiz com que a minha excitação, presa dentro das calças, tocasse no seu corpo. 


Paramos de saltar e ela olhou com um ar de admiração para trás, para as minhas calças para confirmar o que tinha acabado de sentir.



No meio de todo aquele barulho, segredei-lhe ao ouvido um simples:”desculpa”. Senti o seu arrepio. Ela pediu-me para me calar, exactamente com aquela cara de quem esta a gostar e quer mais. 


Fiquei ali atrás dela, os dois a saltar ao ritmo da música, e ela sempre a sentir a minha excitação a tocar no seu corpo. Voltei a segredar-lhe:”estou a ir longe demais…”, e ela olhou para mim e respondeu-me:” hoje não tenho limites para ti”. Aconteceu um involuntário, rápido mas muito perigoso beijo.




Ela olha para o lado, e confirmou que o namorado estava distraído a divertir-se com os amigos, então, agarra-me no braço, e desaparecemos no meio da multidão, até aos rochedos no fundo da praia. Foi ai, que lhe desapertei o cinto, e fiz a ponta do meu dedo entrar dentro do seu corpo. 


Estavam milhares de pessoas a poucos metros de nós, mas aquele momento era só nosso. Ela estava feroz e selvagem e deu me uma forte dentada no ombro, mesmo na minha Tatu. Os meus dedos pareciam não querer sair de dentro do seu corpo, mas acabei por os tirar, e os lambuzar na minha boca, com tudo o que tinha recolhido do seu interior.




Agora, ela também queria tocar-me no sítio certo. O prazer parecia interminável. O inevitável acabou por acontecer, quando os nossos corpos se transformaram num só. Que mulher profunda, que mulher excitante, que mulher intensa. Dei-lhe o meu melhor, mas mesmo assim parecia não a conseguir satisfazer. O seu prazer parecia um orgasmo contínuo e interminável. Eu sussurrei-lhe ao ouvido: “não aguento mais…




Ela sorriu, tirou-me de dentro do seu corpo, e de joelhos à minha frente, fez questão de receber tudo nos seus lábios… tudo mesmo, aliás, não me lembro de alguma vez ter sido tanto… Todos os factores que ali estavam em jogo fizeram-me libertar uma quantidade de prazer invulgar. Foi simplesmente delicioso.




Rapidamente regressamos para junto da multidão, ela trazia um sorriso de orelha a orelha, e quando ela chegou junto do namorado, ele deu-lhe um beijo na boca. Sim, na boca, no mesmo sítio onde eu tinha acabado de oferecer todo meu quente e intenso prazer, poucos minutos antes. Aquilo seria uma vingança por ela se sentir abandonada?


Vingança ou não, o som dos Xutos passaram a ser uma referência de prazer na minha vida.


Foto: Ralf Schultheiss (Corbis.com)

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