Wednesday, June 30, 2010

Velha Casa do Vampiro



Éramos oito monitores, quatro homens e quatro mulheres, todas pessoas, que cresceram com aventuras naquele lugar. Naquela quinta, no vale, existia uma casa velha, conhecida por todos, como a “Casa do Vampiro”. 



As pessoas mais antigas da aldeia, contavam que naquela casa viveu um homem velho, estranho, com uns dentes fora do normal. 


Muita gente desapareceu daquela aldeia e arredores, sem nunca mais ser encontrada. Conta a história, que era esse homem que as levava, para aquela estranha casa sem janelas, e ainda hoje lá existem marcadas de todas as pessoas que desapareceram.




Aquela era uma zona praticamente interdita da quinta, e aquela casa era apenas vista ao longe por todos. Todos os jovens adoravam a história, e ficavam fascinados com a estranheza daquela casa junto do rio. 


Naquela noite, depois de estarem todos os rapazes, de quem éramos responsáveis, a dormir, eu e os outros três monitores decidimos descer o monte, e entrar dentro daquela casa. Nem a Lua Cheia nos assustava.




Quando lá chegamos, empurramos a porta, e encontramos numa casa escura, com as paredes pintadas de negro e sem janelas. Era difícil conseguir ver o que existia lá dentro, mas aparentemente apenas existia uma cadeira, uma mesa e uma cama. Parecia uma humilde casa de campo. 


Existia umas escadas para uma cave, onde a escuridão era total, mas descemos. A visibilidade era nula, e foi nesse momento que o Filipe se lembrou, que quando era mais novo, era aquela escuridão, que pretendíamos para jogar ao quarto escuro. “Vamos ver como é assim”. 



Começamos, e através dos sentidos e do toque, tínhamos de identificar o nosso amigo. Mas a brincadeira ficou mais adulta, quando o Filipe decidiu tirar a roupa e ficar totalmente tu. Todos nos rimos com a ideia, e todos o imitamos. Tornou-se uma brincadeira improvável. 


Todos excitados e todos a mexer na excitação de outro homem. Nunca me tinha imaginado, assim, com as duas mãos ocupadas daquela maneira. Todos no sentimos, todos nos tocamos. Que estranho mas excitante momento.


No dia seguinte, contamos às raparigas que tinhas entrado na “Velha Casa do Vampiro”, e ela ficaram curiosas, quiseram saber tudo, e depois de contarmos que se tratava de uma casa velha e vazia, acabamos por combinar em lá voltar nesta noite. Lá fomos todos, mas nas raparigas, a Maria João era a mais ansiosa por conhecer a casa. A Cristina, a Nádia e a Nair estavam receosas.




Quando lá chegaram tiveram uma surpresa com a simplicidade do espaço, e quiseram conhecer também a cave, e quando lá chegamos a Maria João disse: “Este espaço é fantástico para jogar ao Quarto Escuro”. 


Todos os rapazes se riram. O que é certo é que a aventura da noite anterior repetiu-se, mas agora com oito pessoas. Ficamos todos sem roupa. As nossas mãos percorriam todos os corpos, sem identificar o seu proprietário, os nossos dedos entravam onde era permitido entrar, no profundo e quente desconhecido do prazer. Onde estava o meu dedo? Quem me tocava? Quem me penetrava? Quem me beijava?




Senti duas mãos a agarrarem-me em simultâneo, enquanto beijava alguém nos lábios. Seria homem ou mulher? De quem seriam aquelas mãos? De quem seriam aqueles lábios? Os meus dedos acabaram por se alojar dentro do corpo de uma das mulheres, e através de um ritmo calmo e pousado, impus o ritmo certo, levando-a a um intenso momento de prazer. 


Mas logo de seguida, aqueles dedos ainda molhados conheceram o interior de outra das minhas companheiras, e o prazer ainda foi mais intenso. Enquanto os dedos ofereciam prazer, alguém quis sugar e saborear-me. 


Naquela noite, foi indescritível o prazer que todos atingimos, de uma forma estranhamente anónima. Depois de tudo, a história daquela casa passou a ser diferente, mas apenas para nós.


Foto: Autor Desconhecido Sexo Vampiros Lua Vermelha SIC Afonso Azevedo Henrique Azevedo

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