Saturday, June 19, 2010

Prazer Real



Eu estava numa fase da minha vida em que não me queria sentir preso numa relação, queria liberdade. Eu nunca desperdiçava o meu tempo, queria sempre alegria, festas e divertimento com os meus amigos. 


A Irina fazia parte do meu grupo de amigos, e sempre sentimos alguma afinidade, mas nada de muito especial. Sempre valorizamos esta amizade, e acabávamos por passar algum tempo juntos. Ela adorava me acompanhar nas minhas idas ao futebol, e eu compensava-a nos seus passeios culturais.


Esta proximidade que começou a existir entre os dois, muitas vezes acabava em trocas de beijos, de carinhos e de ternuras. A nossa amizade começou a ganhar cor, e tornou-se numa amizade cor-de-rosa.


Não existia compromissos nem obrigações entre os dois, no entanto, quando o desejo apertava, e o corpo pedia, acabávamos por nos entregarmos um ao outro. Era estranho, pois por vezes, depois de uma tórrida noite de prazer, acordávamos e simplesmente nos cumprimentávamos com um beijo no rosto, enquanto naquele quarto, ainda pairava o cheiro a sexo.


Esta nossa amizade ficou marcada por alguns momentos, onde a loucura e o prazer se cruzaram de uma forma intensa. Nas escadas do prédio onde ela morava, outra vez no meu carro, mesmo à porta de minha casa, entre outras situações.



Naquela tarde, decidimos fazer uma visita ao Palácio da Pena, em Sintra. Almoçamos no centro da vila, e logo de seguida, decidimos subir a serra a pé, em busca do palácio que foi eleito uma das sete maravilhas de Portugal. Apreciamos todo o oxigénio que aquela verde floresta tinha para nos oferecer.


Já no Palácio, ficamos fascinados com toda a sua arquitectura, onde a mentalidade romântica do século XIX se fazia sentir por todos os recantos. O quarto da Rainha D. Amélia estava fechado para restauro, mas o espírito curioso da Irina fez com que ela entrasse, e me arrastasse com ela.


Fantástico, estávamos no quarto de uma Rainha de Portugal. Irina agarrou-se a mim e beijou-me, e sem ter noção do risco que corríamos, começou a tirar a minha camisa e a dizer-me: -faz-me sentir uma rainha. Quero fazer sexo, na mesma cama onde faziam os antigos reis de Portugal.


Mais uma vez a loucura tomou forma nos nossos corpos. A pulsação estava descontrolada, mas a sensação de perigo excitava-me muito, mas ainda mais a ela. Em cima daquela antiga cama, entrei dentro do seu corpo, de uma forma forte e intensa dizendo: - Aproveite sua majestade, que isto é prazer real.


Irina mordia os lábios e aquela valiosa e antiga colcha, de modo a controlar a sua terrível vontade de gritar, enquanto eu por detrás dela, continuava a impor um ritmo forte, rápido e profundo. 


Irina adorava aquela posição, ficando submissa ao meu poder de penetração. Ela adora sentir-me por completo dentro dela, e eu adorava bater com a minha barriga naquelas perfeitas nádegas, e deixa-las a tremer. Decidi impor um ritmo forte, que nos delineou para um caminho que já era impossível de inverter.


Estávamos os dois preparados para subir ao trono do prazer, e sermos os dois coroados com um fantástico momento de prazer que seria, sem dúvida, inesquecível. Disse-lhe ao ouvido: " imagina que dentro de ti está a escorrer o futuro Rei de Portugal." 


Depois daquela tarde, podemos dizer que nos sentimos Reis de Portugal por alguns minutos. Será que foi naquela cama, que o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia fizeram os filhos D. Luis Filipe e D. Manuel II?


Foto: Klawitter Productions (Corbis.com)

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