Sunday, June 6, 2010

Nos Braços da Lei



Naquela noite, no ambiente escuro da discoteca, aquela mulher alta de cabelos compridos chamou-se a atenção. Não sei o que os meus olhos viram nela, o que é certo é que senti uma forte atracção por aquele corpo.


Cheguei perto dela, e inevitavelmente começamos a conversar. Era simpática, divertida, bem-disposta, e usava o mesmo perfume da minha ex-namorada, e aquele aroma deixava-me doido.


Criamos uma interessante afinidade naquela noite. Eu nunca fui um homem de procurar aventuras com mulheres desconhecidas, mas naquela noite, usei todas as minhas armas para poder beijar o corpo dela por completo. 


Ela não me resistiu à minha conversa e ao meu charme, e acabamos a noite no carro dela, com pouca roupa, realizados, e a observar o brilho da Lua, a reflectir nas águas do Rio Tejo. Que mulher deliciosa.


O que é certo, é que o nº de telefone que ela me deu naquela noite, nunca funcionou, e eu perdi-lhe o rasto. Certamente ela terá me dado um número errado, para não me voltar a ver. Eu senti naquela noite, que também a tinha marcado, e que não lhe tinha sido nada indiferente. 


Ela teria algum segredo que não poderia revelar? Eu queria ardentemente voltar a estar com aquela mulher. A imagem, o cheiro e o toque do seu corpo, não me saiam da cabeça. Efectivamente, eu queria aquela mulher para mim.



Naquela manhã, quando acompanhei a minha Tia a uma consulta médica, perto da zona do Saldanha, em Lisboa, os meus olhos brilharam quando viram aquele carro. Era o carro dela. Regressei à aquela zona nos dias seguintes, reparei que aquele carro estava sempre estacionado por ali. 


Perguntei a um segurança, que estava de serviço na entrada de um edifício público, se ele sabia quem era a dona daquele carro, e ele respondeu-me: ”Esse carro é de uma jovem advogada, que trabalha naquele prédio novo, no fundo da rua”.


Agora já sabia como a encontrar, mas quis preparar bem o encontro. Arranjei o número de telefone do escritório, e ligando para a secretária, agendei uma reunião para aquela sexta feira. Cheguei lá, aguardei na sala de espera, até que a secretária me informou que poderia entrar.


Assim que entrei naquele gabinete, o cheiro daquele perfume, fez-me arrepiar. Ela ficou corada quando me viu. Estava muito sensual, vestida de um modo formal, mas que certamente não deixava nenhum homem indiferente. 


Eu, sem perder tempo nem vergonha, diz: “Eu tinha de voltar a estar contigo, tu não me sais da cabeça, foste uma mulher única, que me marcou de uma forma soberba. Mesmo que tu não queiras mais nada comigo, tinha de voltar a sentir o teu cheiro, o brilho dos teus olhos, e o teu lindo sorriso”.


As minhas palavras fizeram-na render-se aos meus braços. Os lábios colaram-se e as nossas línguas tocaram-se. Aquela secretaria foi nossa, e todos aqueles livros com códigos e leis caíram no chão, quando os nossos corpos se entregaram por completo. 



As minhas mãos fizeram subir o tecido daquela saia, e voltei a entrar dentro do corpo daquela mulher, de uma forma intensa, enquanto as suas mãos me puxavam o cabelo, de uma forma totalmente descontrolada. Ela dizia de uma forma ofegante e totalmente descontrolada: “Eu não tenho tempo para isto, temos de ser muito rápidos, pois tenho uma reunião com a administração de um Banco, aqui, dentro de dez minutos”. 


Eu fiz-lhe a vontade, e preparei tudo, de modo a que o nosso prazer chegasse depressa e de uma forma deliciosa. Senti o seu corpo a libertar forte ondas de prazer, quando eu me encontrava, completamente dentro de si, sem possibilidade de entrar rigorosamente mais nada.


Logo de seguida, ela acompanhou-me à porta, sem baton, e com a respiração ainda não totalmente reestabelecida, e disse à secretária:” Luísa, é melhor marcar duas horas com este senhor para amanhã à tarde, visto que a questão jurídica em causa é muito controversa”.


Foto: Morgan David de Lossy (Corbis.com)

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