A Inês sempre foi a grande amiga da Helena no tempo da Faculdade. Sempre foram muito cúmplices e confidentes, ao ponto de a Helena sempre lhe contar tudo sobre mim.
Não havia segredos entre as duas. Aliás, quando a Helena estava com Inês, quase se esquecia de mim.
Apesar de saber que eu e a Helena temos uma relação estável, a Inês sempre se insinuou, sempre me provocou, e sempre fez de tudo para me deixar fora de mim.
Sempre conseguiu ser subtil e a Helena nunca desconfiou da grande amiga. Eu sempre resisti, mas era difícil, confesso.
A Helena convidou a Inês para ir passar uma semana connosco, num apartamento que alugamos em Lagos, em Agosto.
Ela chegou por volta das 16h e eu desci até à entrada do condomínio para a ajudar a carregar as malas. Ela mal me viu, correu na minha direcção, vestida com um bikini negro e apenas coberta com uma saída de praia, agarrando-se ao meu pescoço e beijou-me na boca. Adivinhava-se uma semana difícil de gerir…
Entramos no elevador, com duas malas enormes, ela não parava de se rir para mim, sempre fazendo perguntas para tentar aferir o estado da minha relação com a Helena. Iniciamos então a viagem e quando íamos praticamente a chegar ao 5º andar, fez-se um apagão e o elevador parou.
A Inês soltou uma forte gargalhada. Tinha sido uma quebra de energia. Ela aproveitou o momento para se atirar a mim descontroladamente, implorando-me ao ouvido: “come-me por favor… quero-te sentir dentro de mim, nem que seja apenas uma vez”. Como poderia eu resistir, muito mais a uma mulher daquelas?
Empurrei-a contra a parede do elevador e mantive-a de costas para mim, enquanto percorri com as minhas mãos as suas costas perfumadas com um aroma doce. Tirei-lhe a saia de praia e afastei-lhe a tanga do bikini. Ela abriu-me o fecho das calças e empinou-se para me receber.
Sempre tinha sonhado com ela e com aquele momento e a Helena nem sonhava. Puxava as suas ancas contra o meu corpo cada vez de forma mais rápida. A velocidade e o ritmo eram cada vez mais intensos. O prazer acabou por ser simultâneo. E no momento em que depositei tudo dentro do seu corpo, a luz do elevador acendeu-se e retomamos a marcha. Tivemos de nos recompor rapidamente antes de chegar ao 7º andar.
Chegamos os dois vermelhos e ofegantes junto da Helena, justificando-nos com o pânico de termos ficado fechados no elevador. As duas amigas ficaram radiantes com o reencontro. Depois de uma noite calma, num bar perto do condomínio, regressamos a casa. A Inês recolheu ao seu quarto, e Eu e a Helena fomos consumar o nosso amor, num intenso e saboroso momento de prazer.
No final, a Helena acabou por adormecer. Como a noite estava quente, decidi ir tomar um duche rápido, para relaxar um pouco, e poder dormir de uma forma mais descasada.
No entanto, nesse momento, a Inês entra dentro do WC, abre a cortina da banheira e olhando para o meu corpo diz-me: “posso provar, sabendo que esteve agora mesmo dentro do corpo da minha amiga?” Não reagi, e ela percebendo que me deixou perplexo, colocou a sua boca no sítio que ela queria.
Se o meu espírito dizia que não, o meu instinto de homem não conseguia evitar o momento. Ela saboreou tudo e despediu-se “O sabor da Helena sempre foi delicioso, mas no teu corpo ainda é melhor. Até amanhã”. O que é que ela quis dizer com aquilo?
Foto: John-Francis Bourke (Corbis.com)
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