Wednesday, December 15, 2010

Boneco Azul

Naquela tarde, eu tinha a casa livre para mim e para a Matilde, pois os meus pais tinha uma consulta no medico ao final do dia. Fantástico. 
Quando lhe dei a noticia ela também ficou super contente, até porque tínhamos muito poucas oportunidades para estar os dois sozinhos, e porque ela não conhecia o meu quarto. Ela era super curiosa.  
Quando lá chegamos, ela correu para o quarto, e a reacção que ela teve foi a mais estranha que eu podia imaginar: começou a chorar. Fiquei espanto e perguntei-lhe: “que foi? Que se passa?



Aquela reacção foi simplesmente de emoção, de nostalgia, pois no meu quarto ainda estavam muitas marcas do tempo em que a minha irmã era solteira, e no canto junto ao roupeiro estava um pequeno peluche azul. A Matilde agarrou-se aquele boneco emocionada.



Eu perguntei porque é que ela estava assim, pois tratava-se de um simples boneco azul, sem grande significado, e ela, com um sorriso nos lábios e agarrada ao ursinho começou a contar as razões de tanta alegria: “Eu cresci com um peluche igualzinho a este em cima da minha cama. Tinha sido oferecido no Natal pela minha tia. Era o meu confidente, sabia dos meus problemas e dos meus desejos. Passei momentos únicos, que nunca mais vou esquecer, agarrado a um boneco igual a este."
"As minhas amigas contavam-me histórias e momentos que viviam com os namorados. Momentos de paixão, de amor ou de tesão. Sentimentos e momentos que eu nunca tinha vivido, apenas imaginado. Eu era tímida com os rapazes e sentia vergonha do meu corpo. Apenas aquele boneco me conhecia nua.


Depois de ouvir algumas histórias de colegas minhas, sobre a possibilidade de uma rapariga poder atingir prazer sozinha, sem ser necessário estar com um rapaz, foi aquele boneco que me ofereceu o meu primeiro orgasmo. Coloquei-o no meio das minhas pernas, e com os olhos fechados, imaginei que aquele boneco tinha vida. Com a minha mão, aquele boneco ganhou mesmo vida, e eu ganhei sensações que nunca tinha sentido. Arrepios, espasmos, tremuras de prazer.






Dia após dia, aquele boneco dava-me prazer, cada vez mais intenso e mais perfeito. Era simplesmente fantástico. A minha imaginação estava cada vez mais pecaminosa, ao ponto de me imaginar com todos os bonecos do meu quarto, tocando com todos eles no meu corpo e sentindo todo o prazer que aquela orgia imaginaria me oferecia…



Até que certo dia, quando regressei de férias fiquei em choque… entrei no meu quarto e a minha mãe disse-me: “Olha, como já tas crescida, ofereci todos os teus peluches a uma instituição de caridade…” bahhhhh, eu não acreditei…



Hoje reencontrar um boneco exactamente igual relembrou-me toda a minha adolescência…” Bem, o que é certo é que ela enquanto me contava esta história, já estava deitada na minha cama, com aquele boneco bem preso nas suas pernas, regressando um pouco ao seu passado.



Eu fiquei sem palavras com toda a história que a Matilde tinha acabado de me contar, mas o que é certo é que fiquei excitado com o que ouvi e com o que estava a ver. Ela estava a ficar descontrolada, relembrando os movimentos da sua adolescência. Ajudei-a a tirar as suas calças, e fiquei a observar os movimentos daquele boneco em contacto com o seu corpo.



Eu não resisti aqueles movimentos, e acabei por ser obrigado a tocar com a minha língua naquele corpo e logo de seguida preenche-lo de forma voraz. Inesperadamente, aquele final de tarde foi vivido a três, pois aquele pequeno peluche azul nunca saiu do meio dos nossos corpos, e também participou no nosso intenso momento de prazer.


Foto: Harry Vorsteher (Corbis.com)

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